Passamos um período, anos atrás, em que a discussão era sobre os millennials (geração Y), dos nascidos entre 1980 e 1994, e tudo se voltava a eles como consumidores, colaboradores e/ou franqueados. O mundo tinha que mudar por conta deles, suas expectativas e exigências.

A geração Z parecia vir menos poderosa ou mais friendly e as franqueadoras já não tinham mais que se reinventar por completo, por conta desse público, no que dizia respeito a franquias, PDVs (pontos de venda) e consumidores. Pobres dos empresários baby boomers, mais velhos como eu, quase geração X, que ficou com o X dessas questões nas mãos. Ainda bem que tudo se aprende e “com o tempo tudo se ajeita”.

Inúmeros franqueadores estavam preparados para esta mudança de comportamento de consumo, alguns fizeram a sucessão de franqueados que assumiram as franquias de seus pais, passando por processos de seleção assim como os antecessores. E não simplesmente herdando as franquias, porque poderiam não ter perfil, não serem bons gestores de negócios franqueados.

Afinal, também há aqueles que não querem, não gostam e não têm que engolir goela abaixo uma franquia. Neste caso, repasse é tudo de bom para eles e para quem compra!

E agora, o que está mudando? T.U.D.O!

Economia, mercado, comportamento de gestão e de consumo, modelos de negócios, canais de vendas e, por consequência talvez, o perfil de franqueados e sua forma construtiva de colaborar com insights para a franqueadora e rede.

Por que talvez? Porque isso já era proposto há tempos aos franqueadores que insistiam em mandar, ditar regras e pouco ouvir seus franqueados. O contrário disso os fez serem efetivamente engajados e corresponsáveis pelo posicionamento da marca e satisfação de seus colaboradores e consumidores.

A concessão de uma oportunidade de negócios, popularmente conhecida como venda de franquias, pode se manter como era até um ano atrás, ainda que já fosse bem estruturada e profissional?

Se tudo mudou, o que franqueadores têm feito para realizar repasses ou abrir unidades novas, nas mãos de novos franqueados que, assim como as crianças e adolescentes estão vivenciando novos processos de aprendizagem – híbridos, com ou sem todos os recursos necessários?

Qual seria a desculpa, ou justificativa do momento, para gerar leads, escalar e ocupar o mercado de maneira agressiva, com metas de unidades descabidas? Os leads são pessoas que estarão mais próximas do novo perfil desejado?

E quais os recursos para selecionar, analisar este perfil dentro de um novo cenário? Como treinar e implantar novas franquias como modelo de negócio e não como estratégia de expansão ou canal de vendas?

Estas respostas, talvez, não estejam no Instagram ou no Youtube. Podem estar dentro de casa – na equipe da franqueadora ou com franqueados, podem estar num bate papo com conselheiros, com o investidor smart money ou no reflexo do espelho: você!

Pergunte-se, sem buscar respostas mágicas nem promessas fáceis. Vender ou comprar franquia, assumir o risco de um negócio ou de ter novos franqueados está longe de ser tão fácil assim! Reflita e pode se jogar!

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